O restaurante AC, na E411, poderá ser deitado abaixo

No futuro, o local acolherá pontos de carregamento para veículos eléctricos. O destino do edifício continua em dúvida.

No passado mês de março, explicámos a situação delicada da área de serviço da autoestrada de Hondelange, situada ao longo da E411, mesmo antes da fronteira com o Luxemburgo. Para além de um hotel, a área de serviço alberga também um restaurante Autogrill que atravessa a autoestrada.

No entanto, inaugurado em 1990, o local está agora a mostrar a sua idade. Em 2022, a concessão de exploração chegará ao fim, após 20 anos sob a alçada da Autogrill italiana. Apesar de dois concursos públicos, ninguém se apresentou para assumir o controlo da atividade envelhecida. Tudo isto significa que, no final de setembro de 2023, o edifício deixará de estar em funcionamento, deixando 27 empregados ao abandono. Os trabalhadores manifestaram o seu descontentamento com a situação, entrando em greve durante vários dias.

Recentemente, o assunto voltou a ser abordado, desta vez com o Governo da Valónia. A deputada de Arlon Anne-Catherine Goffinet (Les Engagés) questionou o Ministro das Infraestruturas Verdes e da Mobilidade da Valónia, Philippe Henry, sobre a situação atual. Henry recordou que a empresa Sofico, que gere as autoestradas e as principais estradas nacionais da Valónia, lançou por duas vezes um processo para renovar a concessão da área de serviço de Hondelange. "Infelizmente, não foram recebidas quaisquer propostas de operadores económicos", admitiu, acrescentando que já se tinha verificado uma situação semelhante na Flandres.

Quatro postos de carregamento
Para explicar as razões desta situação, o Ministro referiu-se à evolução do comportamento e das necessidades dos utilizadores, que alteraram o modelo de negócio da concessão. "O sobredimensionamento dos espaços, os custos energéticos e, de uma forma mais geral, o aumento dos custos de exploração, associados ao aumento dos custos de renovação e ao efeito da subida das taxas de juro dos empréstimos, provavelmente não encorajaram os operadores económicos a apresentar uma proposta".

A questão que se coloca agora é a de saber o que vai acontecer ao local, tanto em termos de praça como de restaurante. No que diz respeito ao restaurante, está a ser considerada a possibilidade de demolição total ou parcial do edifício. O objetivo é evitar que esta porta de entrada para a Bélgica e a Valónia se transforme num "cancro", como indicou a deputada Anne-Catherine, cujos comentários foram relatados em L'Avenir du Luxembourg.

O mais provável é que, num futuro próximo, o local seja equipado com pontos de carregamento para veículos eléctricos. Em particular, o ministro menciona a obrigação de instalar dois pontos de carregamento elétrico por lado, com uma capacidade mínima de 50kW e 150kW. Por outro lado, contrariamente ao que tinha sido pedido, não está prevista a criação de um parque de estacionamento seguro num futuro próximo. "Por outro lado, mantém-se a perspetiva de instalação de pontos de carregamento elétrico", sublinha o Ministro.

Ficamos também a saber que estão previstos dois projectos de instalação de casas de banho públicas na região, nomeadamente junto à fronteira franco-belga de Aubange, onde o estado calamitoso das instalações sanitárias foi noticiado pela imprensa belga há alguns anos.

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Ruben

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